A Voz da Poesia

Biblioteca da Literatura Popular (Cordel)

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UM CORAÇÃO SEM AMOR                     

 

 

UM CORAÇÃO SEM AMOR

 

Meu coração com amor

Está cheio transbordando

O dela é frio e vazio

Falta o que no meu ta sobrando

O meu se abrindo pra ela

O dela pra mim se fechando

 

Falar de amor para ela

Lhe causa dor e tortura

Seu coração é amargo

Dele fugiu a doçura

Tornou-se duro como o aço

Que rios d’água não fura

 

Se ela já amou alguém

E que mal lhe causou

Deve esquecer o passado

Que o tempo já levou

Abra o seu coração

Que nova aurora chegou

 

Quem ama sinceramente

Não precisa dar desculpa

Rompe as dificuldades

Se erra assume a culpa

Vence qualquer barreira

Com quem ama se preocupa

 

Do seu amor quero prova

E não só satisfação

Seu amor é fingimento

Não é amor em ação

O amor está acima da lei

Supera até a razão

 

Quem ama de verdade

Transforma o amor em prece

Quanto mais amor se dá

Não diminui, ele cresce.

O amor supera a razão

Que a própria razão desconhece

 

Vou deixar de te amar

Vou procurar te esquecer

Muito amor eu quis te dar

Você não quis receber

Quem não alimenta o amor

Vê seu amor falecer

 

Num rio de águas turvas

Morro de sede e de dor

E você sorri de mim

Diz que sou um sonhador

Ela tem o peito vazio

E um coração sem amor

 

Ao fazer esse poema

Este pequeno volume

Não quero que ele pareça

Com uma flor sem perfume

Ou uma noite em trevas

Que só se vê vaga-lume.                     

 


 

 

 

 

 

 

Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 11/05/2024
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