O RICO E O POBRE
Musa divina e sagrada Me inspira nesse momento Para falar com amor O que tenho em pensamento Sobre o rico e a justiça E do pobre o sofrimento
Me sinto amargurado Quase não posso falar As lágrimas vêm aos olhos Sinto a garganta apertar O rico sufoca o pobre Sem meios para escapar
Mais as leis são criadas Apenas para enfeite Sempre a favor do rico Aos pobres não dão direito A justiça dorme e ronca Na jaula do preconceito
É tema bem conhecido Mesmo assim vou falar Julguem bem ou ruim Meu jeito de protestar Como o rico e a justiça Vivem ao pobre a sufocar
O rico tem direito A casa ou apartamento Carro na porta ou garagem Festa e divertimento Muito dinheiro no bolso Pra custear seu sustento
O pobre não tem direito Nem casa para morar Escola para aprender Nem terra para trabalhar Se pede é vagabundo Não tem como escapar
A justiça vê tudo É a dona da verdade Porém para o pobre É outra a realidade Prende e solta o rico Com muita facilidade
O rico tem mordomia O pobre não tem sossego Pra pobre se dá trabalho Pro rico se dá emprego Filho de pobre é moleque Filho de rico é pelego
A justiça é quem faz Essa discriminação Ao pobre nega a verdade Tira o poder de ação E ao rico dá o direito Mesmo não tendo razão
Justiça seria pra todos E os direitos iguais Se presos o pobre e o rico Sofressem os mesmos penais Porque o pobre e o rico Aspiram os mesmos ideais
O rico possui a terra E tudo ele planeja Faz dela seu patrimônio Muito tem e mais deseja A ninguém presta conta Comanda assim a peleja
O pobre vaga na terra Não tem casa ou moradia É sujeito a passar fome O rico lhe repudia Se ele mata é um monstro Se morre é por covardia
O rico manda em tudo O pobre só é mandado O rico dorme em mansão O pobre no chão molhado Se pune o erro do pobre Do rico é dispensado
O rico mata em defesa O pobre é por covardia O rico não fica preso O pobre vai pra enxovia Julga o rico com defesa O pobre é à revelia
Se o rico rouba é esperto Se o pobre furta é ladrão A justiça sabendo disso Entra logo em ação Manda o rico pra casa O pobre para a prisão
O rico mata e rouba Na ganância por dinheiro Desonra, assalta e estupra É chamado justiceiro Mas se é um homem pobre Sua alcunha é desordeiro
O filho do rico assalta Ninguém o chama atenção Diz-se foi tolice O menino é brincalhão Fez por ingenuidade E não por intenção
Se é o filho do pobre Se manda para a cadeia Lhe chamam de vagabundo Tem vida pregressa e feia Vive no mundo do crime De arrombar casa alheia
A justiça tem dois pesos E somente uma medida Erra o rico, é dispensado Pro pobre a lei é mantida Falta de pobre é lembrada A do rico é esquecida
A justiça na terra Para o pobre é abstrata Para o rico é fecunda Mas o pobre ela trata Com desprezo e indiferença Que o desgosto lhe mata
Justiça de rico é na vida Pro pobre é quando morre Ao rico ela atende Ao pobre ela não socorre Se o rico erra é deslize Se o pobre erra é esporre
Mas a justiça Divina Tem a medida direta Quando julgando os dois É com medida correta Ela pune ao errado E ao certo ela liberta
Deus dá a pobre e rico O direito de viver Um ao outro ajudar Se preciso defender E o que for mais forte Ao mais fraco defender
Mas tudo é diferente O homem pensa errado O rico sobe na vida O pobre é explorado A justiça a meio pano Fica de braço cruzado
Rico pobre e a justiça Dois existem realmente Disso tenho a certeza O terceiro é inexistente Se o terceiro existisse Tudo era diferente
Se houvesse justiça Como tem rico e pobre Quando os dois errasse Fosse plebeu ou nobre Se punisse igualmente A justiça não se dobre
Falo assim por falar Digo com tranquilidade Jesus veio à terra Nos trazer felicidade A justiça o condenou Porque pregou a verdade
Foi morto crucificado Pregado em uma cruz O mundo vivia em trevas Ele veio trazer a luz A justiça mandou matar A quem ao céu nos conduz
Falei de rico e pobre E da justiça também Dos erros do homem Dos defeitos que tem Vou falar de satanás Da forma como ele vem
Do seu poder na terra Destruindo o certo Dirige as autoridades Delas não sai de perto Os homens não o vêem O satanás é esperto
Vou mudar de jeito E meu modo de falar Nos capítulos da Bíblia E como interpretar Como satanás procura A todo mundo enganar
É o príncipe das trevas E tem os dias contados Por isso ele procura A trazer todos enganados Para no fogo com ele Sejamos precipitados
Todo tipo de engodo No mundo tem lançado Prazeres extravagantes O crime organizado Mulheres se vendendo Pelo preço do pecado
Mulher toda despida Nos mostra a televisão Mulher fazendo sexo Na sala da refeição Apresentada em novela A senda da perdição
Os deleites sexuais Feitos abertamente Gestos de fazer amor Na frente de inocentes No ritmo da lambada Uma dança indecente
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Autores: JOSÉ BEZERRA e R. CORDEIRO
Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 10/06/2023
Alterado em 24/06/2023 |