A Voz da Poesia

Biblioteca da Literatura Popular (Cordel)

Textos

BOM DIA, BOA TARDE, BOA NOITE

Quando você se levantou pela manhã
Eu já havia preparado o Sol para lhe aquecer.
Eu providenciei tudo isso, um Bom Dia fiz nascer,
Zelei por você e sua família, eu sou seu fã.

Esperei pelo seu "Bom Dia!", mas você esqueceu.
Você parecia ter muita pressa e lhe perdoei.
O Sol apareceu e as flores lhe ofereceram seu perfume.
Eu sei, você corre tanto... Nem ligou e EU o perdoei.

Você leu bastante, você viu e ouviu muitas coisas.
Viu mais ainda, eu quis falar, você não deixou,
Eu quis até lhe aconselhar, mas você não pensou.
E você em mim, nem os seus olhos pousas.

Seus olhos, seus pensamentos, ao longe se estendia
Veio a chuva, eram minhas lágrimas por sua ingratidão.
Foram também minhas graças te oferecendo perdão,
Para que não te faltasse a água nem o pão de cada dia.

Eu quis lhe dar um "Bom Dia" e você nem viu!
Não importa. Quis lhe dar uma boa tarde: você nem olhou...
Poderia ter sido melhor, se pensassem em mim, nem pensou.
Deixei para ao deitar-se, "Boa Noite!!"... Você nem ouviu.

Psiu!... Está me ouvindo? Já dormiu.
Que pena! Boa noite, durma bem.
Eu fico zelando por você...
                                JESUS

Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 11/11/2007
Alterado em 11/11/2007
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