A Voz da Poesia

Biblioteca da Literatura Popular (Cordel)

Textos

AS TRÊS IDADES
Na minha primeira idade
Vivi minha meninice
Assim como criança
Eu também fiz tolice
Coisa do arco da velha
Coisas que ninguém predice

Terminada esta idade
Atingi a juventude
Fiz coisas diferentes
Mudando de atitude
O que mais me preocupava
Era a minha saúde

Tudo o que o jovem faz
De bom e de ruim
Coisas sem conseqüências
Às vezes até contra mim
Sei que muitos jovens
Também procedem assim

Não fui um mau filho
Disso tenho certeza
Não dei desgosto a meus pais
E os atendi com presteza
E aos mais idosos
Eu tratei com gentileza

Chegando aos trinta anos
Comecei a segunda idade
Às vezes enfrentei a luta
Vencendo a dificuldade
E tudo se torna fácil
Pela força de vontade

Lutei com dificuldades
Que enfrenta todo pobre
Mas lutei com lealdade
Tornando a causa nobre
Quem luta e confia em Deus
De benções ele lhe cobre

Constitui família
Vivo com dignidade
Junto com minha esposa
Vivendo com igualdade
E isso para um homem
É a maior felicidade

Eu lhe tenho muito amor
Ela me correspondeu
Vivemos um para o outro
Muitos filhos ela me deu
Agradecemos a Deus
Tanto ela como eu

Chegamos à terceira idade
Com paz e harmonia
E os frutos que plantamos
Colhemos com alegria
Tornamos em realidade
O que era fantasia

Continuamos unidos
Aos filhos que geramos
Aos netos e bisnetos
A quem muito amamos
Agradecidos a Deus
Por tudo o que alcançamos

São longos anos de vida
Entre o sorriso e a dor
Ao lado de quem amo
E também lhe tenho amor
Louvando e bendizendo
Ao nosso Deus e Senhor
Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 31/10/2007
Alterado em 31/10/2007
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