NÃO SOU
Não sou um Da Costa e Silva
E nem um Gonçalves Dias Nem pareço Castro Alves Não sou João e nem Elias Sou um simples menestrel Na evolução dos dias Eu não sou um Pena Filho Que escreveu Cinco Aparições Nenhum Mauro Faustino Com varias publicações Nenhuma Cecília Meireles Que fez modinhas e canções Não pareço José Linz Grande cancioneiro Nenhum Rodrigues de Abreu Não sou dos últimos o primeiro Prefiro contar meus sonhos Na sombra do oitizeiro Rodrigues de Abreu escreveu A casa destelhada Cornélio, Menina Morta Carvalho Ramos, Tropa e boiada E Capristano escreveu Sobre épocas passadas Não vi Fagundes Varela Seus contos e fantasias Nem conheci Castro Alves Nas noites de boemias Nem Cassimiro de Abreu Portados de nostalgia Escrevo prosas e versos Sobre o cotidiano Canto poemas sacros Como também o profano Escrevo o que a mente dita Sobre o divino e humano Quendo falo do amor Palavra santa e divina Sobre as estrelas do céu O perfume da campina Sobre os lírios dos campos E da alma feminina Minha consciência livre Como a fez a natura Confio na profecia Da sgrada escritura Sigo livre e consciente Como é a literatura Aqui plantei e não colhi Mas continuo plantando Dos frutos que eu recebo Lá de fora estão mandando E os que eu estou colhendo A Deus Pai vou ofertando Se colho o que não plantei Tenho uma conta a pagar Planto pra outros colherem Por não saberem plantar Se com uma mão recebi Com a outra eu posso dar
Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 27/10/2007
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