AGORA SÃO TRÊS
A primeira é a lembrança:
Me surra sem piedade A segunda é a tristeza: Me tira a felicidade A terceira é a mais cruel E o seu nome é Saudade E durante todo o dia A terceira me maltrata Batendo forte em mim Meu peito vira sucata Se as três se unirem Duas ferem e uma mata E quando o dia amanhece Logo a outra vem chegando E durante todo o dia Segue me acompanhando E eu sigo passo a passo Noite e dia meditando Pra todo lado eu olho E fico de prontidão Procuro uma oportunidade Pela força ou a razão Para me defender Da malvada solidão A quarta é mais cruel E chega sem previsão É sutil e imprevisível Não usa a ponderação E nos deixa solitário No meio da multidão Vivo fugindo da última Estou procurando alguém Que queira me dar abrigo Felicidade também E queira ser o meu tudo E eu o seu sumo bem Junto expulsaremos as três Com grande facilidade Evitaremos a quarta Na maior tranqüilidade Desfrutando o nosso amor Com toda dignidade
Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 18/07/2007
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