A Voz da Poesia

Biblioteca da Literatura Popular (Cordel)

Textos

VENDO SEM ENXERGAR
Desde minha infância
Eu sempre procurava
Um ser supremos e divino
De quem o povo falava
Olhei pro céu e pra terra
A ele eu não enxergava

Da infância a juventude
Muito tempo se passou
Desfrutei a mocidade
Do que o mundo me mostrou
No fogo da vaidade
Minha vida se frustrou

Construí família
Tornei-me assim um pai
Busquei o que não via
Fiz da vida um vem e vai
Entrei em becos da vida
Que outros entram e não saem

Nunca me esqueci
Da busca iniciada
Nas ruas e avenidas
Por faróis alumiadas
O deus forte e divino
Da palavra anunciada

Nos momentos mais difíceis
Pelo seu nome chamei
Nas horas de amarguras
Eu nunca o enxerguei
Mas levando e caindo
Na busca continuei

Nos vales montes e cascatas
Pelas florestas e rios
Nas quedas das cachoeiras
Nos campos que se floriu
Nas noites mais tenebrosas
Enfrentei o desafio

Ele diante de mim
Eu via e não enxergava
A sua voz eu ouvia
Porem não escutava
Quando  eu chorava e gemia
Perto de mim ele estava

Andava sempre comigo
Lado a lado caminhando
Eu olhava e não o via
E ele me explicando
Eu sou a luz do mundo
Que está ate iluminando

Olhando para o céu
Vi o sol resplandecente
Que da vida a todo ser
Com poder onipotente
Que ama ao pescador
Como ama ao inocente

O sol astro celeste
Que no céu esta brilhando
E  o nosso Deus javé
Lá do alto nos olhando
Por seu filho Jesus Cristo
Nossos passos vigiando

E meus olhos sem vendas
Eu via e não enxergava
Me chamava e eu não o via
Se ouvia me calava
Ele estava presente
Toda vez que eu chamava

Mas na bíblia sagrada
Achei a explicação
O verbo se fez carne
Sendo o autor da criação
E com a sua palavra
Me fez revelação












Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 22/04/2007
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