A Voz da Poesia

Biblioteca da Literatura Popular (Cordel)

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LEVE BEIJO
LEVE BEIJO

Fino rubor lhe atinge a face, apenas
Alvas de neve, e logo um doce em breve
De leve, beijo as suas mãos pequenas
De leve, beijo as suas mãos de neve.

Tão leve o beijo como o vento é leve
Ser os meus beijos em suas mãos serenas
E o vento a beijar, como o vento leve
E ela vive entre os lírios e açucenas.

Nunca será tão leve como o vento
Saber que o vento a beija e que o meu beijo
Já me basta para o meu tormento.

Que essa divina flor que é tão suave
Ama o que é leve, como leve adejo
De vento ou como um gargantear de ave.  
Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 08/01/2011
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