A Voz da Poesia

Biblioteca da Literatura Popular (Cordel)

Textos

EU CANTEI TUDO NA VIDA
EU CANTEI TUDO NA VIDA

Cantei a vida e a morte
Cantei cidade e sertão
Vilas e povoados
Lagoas, lago e grotão.
Amor, saudade e tristeza.
Ternura, dor e paixão.

Já fui vítima de todas
Da tristeza e da maldade
Eu já sorri chorando
Por falhas da humanidade
Busquei e não encontrei
Entre os homens a igualdade

Um mata e fica liberto
Cantando a sua vitória
A vitima era inocente
Lhe foi oculta a história
E nos contrastes da lei
O justo sai da memória.

De tudo que já cantei
Sigo rememoriando
O peito cheio de magoas
O meu coração enganando
Sorrindo pra não chorar
Vou sofrendo e perdoando

Mas o que mais lamento
E me tira até a razão
É sentir o peso da cruz
Do homem a ingratidão
E da mulher amada
Falsidade e traição

Cantei a felicidade
A dor e o sofrimento
O prazer e a alegria
A fraqueza e o desalento
Do rico a fama e a gloria
Do pobre o choro e lamento

Já cantei que fui amado
Hoje sou mal entendido
Talvez, amanhã quem sabe
Encontre o amor perdido
Eu cantarei com valor
Tudo que tenho sofrido

Tudo que cantei e canto
A mágoa e a dor sentida
De uns os preconceitos
Que deixa a alma ferida
Nos encontros e desencontros
Eu cantarei sempre a vida

Eu cantarei a morte
O que mais temos de certo
Nas demais coisas da vida
Nós temos que ser esperto
Eu cantarei sempre a vida
Com o meu coração aberto
Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 14/09/2009
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