A Voz da Poesia

Biblioteca da Literatura Popular (Cordel)

Textos

NA QUEBRA DA VIRGINDADE PERDE-SE TAMBÉM A PUREZA
Menina se tornou moça
Buscou a felicidade
Junta com outros amigos
Desfrutando a mocidade
E em busca de prazeres
Perdeu sua virgindade

E assim continuou
Em verdadeira miséria
Seguiu a vida noturna
Não levou uma vida séria
E para se alimentar
Vendia a própria matéria

Era bela, jovem e forte
Sábia e muito astuta
Dizia que seu prazer
Era a mais doce fruta
Viveu gozando a vida
Como simples prostituta

Uma bebida sempre tem
O selo da garantia
Se destruindo o selo
Perdeu a sua valia
Quebrando sua selagem
Perdeu sua hegemonia

Uma jovem tropeçou
Quem tropeça sempre cai
Vivendo só da orgia
Nunca diz aonde vai
Hoje é mãe de cinco filhos
De nenhum conhece o pai

Hoje idosa e exausta
Quem viveu só de aventura
Festa, bebida e sexo
Destruiu sua estrutura
Não tem nada de seu
Chora a sua desventura

Agora chora e lamenta
A perda da virgindade
Desprezou pai e mãe
Para viver na vaidade
Nem perto de seus filhos
Ela se sente à vontade

Desgastada e fraca
Dos filhos sente o desgosto
Teme que qualquer um
Lhe jogue lama no rosto
Das três filhas que tem
Uma lhe tomou o posto

Hoje ela é mãe e avó
Com filhos, filhas e neto
Nesta triste convivência
Debaixo do mesmo teto
Teme até que as outras
Sigam o mesmo projeto

Com o estatuto da mulher
Com o homem a igualdade
Podem fazer o que querem
Buscam falsa liberdade
Quando dão conta de si
Já perderam a virgindade

Com a palavra de Deus
Se salva a alma perdida
Podemos reconstruir
Uma rede já rompida
Não se pode consertar
A virgindade perdida

Vi uma jovem chorando
No seu olhar só tristeza
Seus olhos eram candura
Neles não há mais beleza
Quebrou sua virgindade
Perdeu também a pureza.

Em 18/07/2009
Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 22/07/2009
Alterado em 22/07/2009
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