ODE A JÓ
Data: 17/12/2007
Créditos:
Texto: Ode a Jó
Autor e voz: Poeta José Bezerra Copyright © 2007. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Ode a Jó
No prólogo como no epílogo
São ficções literárias Discute-se a historicidade Como coisa secundária Sob a pessoa de Jó Em linhas imaginárias Este ser não existiu É um poema fantástico Quem o ler com atenção Com sentido pragmático Sua leitura é excelente E deixa o leitor estático É um romance de dor Em toda sua estrutura Como tema amoroso Segundo a sua natura É empolgante e seduzente Como narra a escritura Era um Jó paciente Um Jó queixoso e passivo Vivendo um grande drama Às vezes se torna agressivo Pelo grande sofrimento Pro qual não tem lenitivo Não sei qual o autor De tão sábia poesia Que para uma dor cruel A fé é anestesia Pois aquele que ama Sabe fazer cortesia O poeta ou profeta Que escreveu este drama Tinha o domínio da língua Portador de grande fama Diz: Quem sabe sofrer. É aquele que mais ama Quem fora o autor Desta obra maravilhosa Escrita antes do exílio Em era esplendorosa Ou se depois do exílio Numa menção graciosa Fala do sentimento De quem ama de verdade Sentimentalismo profundo Com toda dignidade Que sendo uma ficção O torna em realidade Só a alma do poeta Tem tamanha projeção Que a serviço de Deus Se põe à disposição E recebe do Senhor Em sonho revelação Só ele sabe explicar Do seu verso o sentido Da dor a profundidade Do amor comprometido Da fé que tem em Deus Jamais se sente vencido Jó, exemplo de fé Também de confiança Homem reto e fiel Com firme perseverança E nos desígnios de Deus Sustenta sua esperança Satanás pôs a mão nele E dele tudo tirou Ovelha e camelos Satanás devorou Jumentos, bois e servos Nada a ele restou Jó recebe a notícia Tudo que tinha perdeu Sua mulher reclamou Ele a ela respondeu Tudo era do Senhor Eu nada tinha de meu E disse: Eu nasci nu E nu tenho que voltar Deus me deu e tirou Não tenho o que reclamar E como deu e tirou Eu não vou desesperar Deus me encheu de bens Dele tudo recebi Se agora vem o mal Eu lamento por ti Eu louvo ao Senhor E você só pensa em si Eu agradeço ao Senhor O bom tempo que eu vivi E como não mal direi Todo mal que eu sofri Por bendizer ao Senhor Tudo em dobro recebi.
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 17/12/2007
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |