A Voz da Poesia

Biblioteca da Literatura Popular (Cordel)

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Às vezes, por muitas vezes
Data: 08/12/2007
Créditos:
Título do Texto: Às vezes, por muitas vezes

Voz: José Bezerra de Carvalho, Poeta Zé Bezerra, o "Águia de Prata"

Edição de Som: Audacity

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ÀS VEZES, POR MUITAS VEZES
Nosso amor é como o mar
Convidativo e envolvente
Às vezes, vem devagar,
Remando contra a corrente
Às vezes, por muitas vezes,
Deságua dentro  da gente

Nosso amor é  como o vento
Parado sobre a cidade
Às vezes brisa, serena,
Soprando no céu da tarde
Às vezes, por muitas vezes,
Inconstante tempestade

Nosso amor é como o fruto
Gostoso amadurecido
Às vezes, o tempo passa
É  pelo outro esquecido
Às vezes, por muitas vezes,
Nunca é  compreendido

Nosso amor é como a terra
Guardando o fruto escondido:
Às vezes se desespera,
Quer ver o fruto crescido
Às vezes. por muitas vezes,
Morre sem ter florescido

Nosso amor é como a flor
Que nasce com o espinho
Às vezes numa calçada
Na beira de um caminho
Às vezes, por muitas vezes,
Cresce com pouco carinho

Nosso amor é como a noite
Com vento e trovoadas
Às vezes, em negras trevas,
Ou em noites enluaradas
Às vezes, por muitas vezes,
De incertezas povoadas

Nosso amor é como a lua
Ora cheia ora minguante
Às vezes pálida e triste
Outras, clara e radiante
Às vezes, por muitas vezes,
Faz-se perder o navegante

Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 20/05/2007

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