A Voz da Poesia

Biblioteca da Literatura Popular (Cordel)

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Na Sombra Do Oitizeiro
Data: 05/10/2007
Créditos:
Título: "Na Sombra Do Oitizeiro"

Voz: José Bezerra de Carvalho, Poeta Zé Bezerra (o "Águia de Prata")

Edição de som: Wellington Júnior


Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


NA SOMBRA DO OITIZEIRO

O oitizeiro, comparo a minha poesia com essa árvore, tem uma sombra esplendorosa. As suas folhas caem verdes e nem se nota a falta das folhas que caíram.
Sob esta sombra nasceram e nascem meus poemas. Você lê um, lê outro e continua lendo. Cada verso lhe aproxima do outro, apontando o infinito. Você ri, chora, fica sério, mas ... sente a vontade de continuar.

É uma fonte inesgotável embora não tenha a filosofia dos grandes poetas e mestres. Pois são palavras simples e populares de quem não estudou mas aprendeu com o tempo e teve como mestre o mundo e o dom gratuito de Deus.

Queridos internautas, eu vos agradeço de todo coração a paciência e o carinho e incentivo que tenho recebido dos que tiveram a oportunidade de no Recanto das Letras conhecer o meu humilde trabalho e o jeito de versar.

Sinto-me FELIZ, obrigado !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Atenciosamente.

José Bezerra de Carvalho


Era sexta-feira santa
Me sentei a meditar
Debaixo do oitizeiro
Vendo as nuvens passar
Ouvindo os passarinhos
Alegres a cantarolar

Como é bela natureza
Eu ali meditando
Um chico-preto cantava
E um canário trinando
Uma linda sabiá
Numa gaiola cantando

Meu pensamento corria
Pelo espaço azulado
Enquanto um bem-te-vi
Num galho seco pousado
Olhava para as gaiolas
Como que admirado

E uma pipira roxa
Não parava de cantar
Um tiê, um azulão
Na gaiola a saltitar
E um bando de pardais
As folhas secas a riscar

E eu pensando em Deus
A minha fé mais crescia
Quem tudo criou e fez
Com tanta graça e caricia
Morreu pregado na cruz
Por crueldade e malicia

Olhando para o infinito
Passava um nevoeiro
A brisa soprava forte
As folhas do oitizeiro
E os pardais ciscavam
A terra de um formigueiro

E no pé de algaroba
Seis gaiolas penduradas
E um papagaio na sala
Soltando as gargalhadas
E dois meninos brincando
Lá em cima das calçadas

A avenida estava calma
Pouca movimentação
Quando ouvi pelo rádio
A mais linda pregação
Era Cristo que pregava
Para grande multidão

Era o sermão da montanha
Que por Deus era pregado
Toda multidão ouvindo
O tempo estava parado
E Jesus Cristo dizia
A minha hora é chegada

Sermão das misericórdias
E para o perdão dos pecados
Vinde a mim todos vós
Que estão angustiados
Eu vos aliviarei
Vos tirarei vossos fardos

A minha mente girava
Em torno do firmamento
Juntei a terra com o céu
Dentro do meu pensamento
E vi na porta no céu
Escritos os dez mandamentos

E vi um coro de anjos
Que do céu vinha descendo
Minha alma se alegrou
Fui a Deus agradecendo
A doce e feliz mensagem
Que meus olhos estavam vendo

E no meio desta mensagem
A doce recordação
Dos santos passos de Cristo
Na sua triste paixão
Morreu pregado na cruz
Para nos dar o perdão

E no meu pensamento
Ouvi uma voz que dizia
Eu sou o Senhor teu Deus
E que minha prece ouvia
E de paz e esperança
Meu coração se enchia

Com estas santas palavras
Minha alma se ressentiu
E de meus olhos cansados
Duas lágrimas caiu
Sobre meus rosto rolavam
Na minha roupa sumiu
 
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 11/05/2007

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