O GRITO DOS EXCLUIDOS
Data: 22/09/2007
Créditos:
Texto: O grito dos excluidos
Autor: Poeta José Bezerra Voz: Poeta José Bezerra Ed. de som: Welington Junior Copyright © 2007. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
O GRITO DOS EXCLUÍDOS
Ouve senhor nosso grito
Minha dor meu sofrimento Sou pobre, não tenho nada. Me falta o alimento Com minha esposa e filhos Dormirmos sempre ao relento Não tenho terra nem pão Nem casa pra morar Debaixo de uma ponte Fizemos o nosso lar Com meus filhos e esposa Vivemos a mendigar Pro governo da nação Os pobres são esquecidos Da lei e das autoridades Nos somos desprotegidos Eis ai meu senhor O grito dos excluídos Eu e minha mulher Vivemos quase despidos Com nossos filhos, senhor. Vivemos desasistidos E assim somos milhões Pelo poder esquecidos Somos como objetos Que já perdeu o valor Somos marginalizados E tratados com rancor Temos que sofrer calados Sufocando a nossa dor Os que ficam velhos Em abrigo são metidos E aos que vão nascendo Vão ficando desnutridos A sociedade não ouve O grito dos excluídos Fazem praças de esportes E casa para lazer E dão caixas de bebidas São não dão o que comer Mas nos negam o trabalho E meio pra sobreviver Meninas de treze anos Sofrem a prostituição São enganadas e vendidas Para fora da nação Governo e autoridades Não tem uma solução Os meninos abandonados Ficam nas ruas perdidos E os que matam as crianças São soltos e absolvidos E a justiça não ouvem O grito dos excluídos Os jovens são drogados Os menores corrompidos Ate nos hospitais Os que ali são nascidos Tratados com animais E para estrangeiros vendidos Se acabou o cativeiro E continuamos cativos Seja branco ou moreno O preto ou nativo Pra viver escravizado Ser pobre é o motivo Uns vivem apavorados Outros ficam escondidos E toda sociedade Vive tapando os ouvidos Só pra não ouvirem O grito dos excluídos Sofre o pobre na cidade Sofre o pequeno roceiro Sofre aluno e professora A doméstica e o enfermeiro Mulher homem e criança São vitimas do cativeiro São milhões de mutilados Multidões de oprimidos Outros são ameaçados Outros tantos sucumbidos E ninguém vem ao socorro Aos gritos dos oprimidos
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 18/04/2007
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