SINFONIA DA MATA
Data: 29/03/2008
Créditos:
Título: SINFONIA DA MATA
Voz: José Bezerra de Carvalho (Poeta Zé Bezerra, o "Águia de Prata") Edição de som: Wellington Júnior Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
SINFONIA DA MATA
Vagando pelas campinas
Olhando a minha destra Ouvi uma sinfonia Pra mim uma coisa extra Um musical sublime Dos pássaros, uma orquestra. O canto de um sabiá Dava ínicio a seresta O tangará mavioso A passarada desperta E o uirapuru na ingazeira Dá ínicio a grande festa. Os índios em suas ocas Já batiam nos tambores E os lindos colibris Belos e multicores Vão saboreando unidos O mel que colhem das flores E o galo-de-campina Começa sua alvorada E assim as andorinhas Fazem a sua revoada Canta triste a mãe-da-lua No meio da passarada Às cinco horas da manhã Grita alegre o bem-te-vi O foi-não-foi dos sapos O gemer do juriti E o fogopagou cantando Nas moitas de murici Ao despontar do Sol Numa manhã alvissareira Seus raios iluminando A ramagem da faveira Desperta o curió Entre as folhas da palmeira Às seis horas da tarde Tudo vai silenciando Grita alto a curicaca Os pássaros vão debandando E somente as andorinhas Ficam em bandos revoando Sentei o joelho ao chão Fiz uma prece a Maria Os pássaros silenciaram Nada mais ali se ouvia Com minha alma em festa Eu louvo a Deus todo dia. O Sol já estava alto Começou um novo dia A ema gemeu no campo Se desfez a harmonia É assim que na mata Se desfaz a sinfonia. 11/03/2008
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 29/03/2008
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